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na órbita do silêncio

Para a Consciência, o errado também é certo. Existimos apenas no tempo, somente antes e depois há um “eu” – nunca no agora. No depois, apenas dizemos o que fizemos, mas enquanto acontecia, não havia você fazendo, porque não há você fora do tempo. Enquanto entidades, só existimos na mente, no tempo. No momento presente, no qual as coisas ocorrem, você não está presente.

Não é você quem está respirando. Você só nota que respira depois que a respiração aconteceu. E, num nível mais profundo, isso é verdade. O seu cérebro nunca sabe o que acontece em tempo presente, porque ele nunca está em tempo presente, ele precisa de tempo, ainda que minúsculo. Se vê isso, uma grande carga de culpa e também de orgulho caem por terra, porque você se dá conta de que não está fazendo absolutamente nada.

Você pode até torturar a si mesmo, tentando administrar o seu conteúdo inconsciente, mas saiba que é um esporte; uns jogam tênis, outros chafurdam no conteúdo inconsciente. Sinto muito em dizer assim, porque a mente coloca grande ênfase em remover o conteúdo inconsciente, pois nos foi dito que se o removermos, nos tornaremos mais conscientes. Mas se olhar de perto, você verá que é o ego que está metido profundamente nessa cilada. Somente em termos comparativos existe você e o outro. Em realidade, não há mais ou menos Consciência. Olhando através de satsang, como você pode ter menos Consciência que eu, quando não há nem eu nem você, só Consciência?

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