Osho conta uma bela história sobre um mestre Zen, Joshu:
Um dia, Joshu caiu na neve e gritou:
– Ajude-me! Ajude-me!
Um discípulo de Joshu, aproximou-se e deitou ao seu lado.
Joshu riu, levantou-se e disse ao discípulo:
– Certo! Perfeitamente certo! Isso é o que estou fazendo com você também.
Eu não posso fazer nada por você e, tampouco, você precisa de ajuda – essa é a verdadeira piada. Como posso ajudá-lo a entender que você não precisa de nenhuma ajuda? E o motivo é simples: não há ninguém para ser ajudado.
Para a mente é inaceitável, é inacreditável.
Alguma pergunta?
Participante – Enfim, estamos aqui.
Você tem certeza disso? Pode existir alguma outra possibilidade? Pode você não estar aqui? Onde é “não-aqui”? Você vê? Você não me compreende, eu sei.
Você pensa que está sentado aqui, porque parece que você está sentado. Você sente que está sentado… Mas acontece que os sentidos o estão privando do real.
Algumas pessoas escrevem para mim e, claramente, querem ajuda. E eu “fico muito deprimido” porque não posso ajudá-los – a menos que eu entre na posição de vê-los como eles percebem a si mesmos. E a minha mensagem, se existe alguma, é que você não é aquilo que você percebe. Você é aquele que percebe. E esse não pode ser percebido.
Mas você continua tentando arrumar o que é percebido, porque às vezes não está de acordo com aquilo que sua mente pensa que deveria ser. Ora! Corte a sua mente fora e está resolvido. Então, a todo momento você pode perguntar a si mesmo: o que está acontecendo? Faça isso! O que está acontecendo? E veja aonde a flecha aponta.