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desvista o visto

As pessoas querem ser felizes.
Mas – aqui no meu pequeno mundo – faço um apelo:
em vez de ser feliz, seja silencioso.
Seja o Silêncio!
E lembre-se: não há nenhum produto externo a você
que possa ser vendido para que você seja o Silêncio.

Para ser feliz, existe um Toyota, uma casa na praia,
uma pessoa daquelas que eles mostram na televisão…
Mas ser silencioso não demanda nenhum produto externo a você.
É necessária apenas uma compreensão, um ver.

Em suma, ser silencioso depende apenas de você e de ninguém mais, de nada mais.
É por isso que é banalizado, que não serve para ser comercializado.
Talvez seja também por isso que não haja nenhum apelo na televisão que diga:
“Seja silencioso! Desligue a televisão, desligue o sistema de som, desligue o carro e olhe para o céu estrelado”.
Já imaginou? Vai que a multidão obedeça e se dê conta… o que aconteceria?

Então, aqui, seja silencioso.
Ou melhor, seja você mesmo. Não se confunda com o visto. Desvista-se da confusão.
Desvista-se do confundido. Desvista-se do visto.
E note que neste momento de ser quem você é – silencioso –
todas as tensões desaparecem em relação ao futuro;
todas as tensões desaparecem em relação ao passado.

Note que há algo essencial em você que está totalmente tranquilo com o que vai acontecer,
porque há uma sapiência, uma sabedoria totalmente evidente e intuitiva.
No agora nada acontece. Agora só há Silêncio. Veja!
Neste momento, é como se o Silêncio falasse para ele mesmo.
Se você olha para dentro – e esse é o meu apelo – note como é tranquilo
simplesmente ser você.

O que você precisa agora? O que lhe pode ser tirado agora? Você vê?
Se isso foi compreendido, a semente está posta.
Há algo mais do que a sua mente conhece. Isso é suficiente. E, então, a semente está plantada.

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