o galeão é administrado
por um primeiro grau
incompleto e primário.
desde a imigração
ao embarque geral.
a decadência física é grotesca.
os 500 dólares
para compras no exterior
vige desde a ditadura,
sem correção.
poderíamos chamar isso
de opressão econômica?
estimularia isso
uma espécie de transgressão
chamada de “contrabando”?
o carro aqui
custa o dobro que lá!
lá onde?
qualquer lugar.
e o resto também…
nos estados unidos,
aeroportos são administrados
pelo medo
com segundo grau incompletos.
o metrô ruge de dor
desde 1950.
o neon das vendas
em dólar artificial
encobre o engano.
nenhum preço corresponde,
sempre se paga 30% a mais,
na maior cara de pau.
a culpa é tax e a gorjeta
pelo péssimo serviço.
um sorriso vale um dólar.
sorriso, ninguém falou em serviço.
there is no service in usa,
do it yourself!
the land of the free is in jail.
no japão não tem aeroporto.
tire os sapatos,
é tudo do mesmo jeito.
o japão é administrado
por zen masters degree.
desde o banheiro público
ao serviço no restaurante.
ninguém trabalha por gorjeta.
a dignidade é impecável.
é mais barato comer sushi em tokyo do que em (sic) brazil,
e você não é tratado como
um bandido em potencial.
o computador é apenas
uma caneta no bolso da camisa.
o sake é alegríssimo.
e as invisíveis gueixas
flutuam com passos curtíssimos.
perdoem os superlativos.
rumo ao transmundo leela,
pois lá
sou amigo do rei…
Maio/2015




