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ana maria que estás na periferia… 

Quando perguntam “quem é você?”, percebe que a resposta dada geralmente é apenas um nome? O nível de conhecimento a respeito de si mesmo é tão superficial que para a maioria das pessoas um simples nome aparece como resposta. 

Na verdade, o que acontece é que ninguém sabe e nem quer saber o que há além dessa superfície. Tudo o que importa é o seu nome, o sobrenome e o que você faz. Fora isso, o que você sabe? Quem é você? 

Nem sequer um confronto com outros possíveis nomes vem a ser possível. Você está piamente convencida a respeito de ser a “Ana Maria”. No entanto, o nome é seu aspecto mais exterior, é apenas uma placa através da qual você é localizada no mundo. É um rótulo, e assim como todos os outros rótulos, está fora. Sexo, idade, profissão, classe econômica etc.: tudo na periferia. 

Por isso, quando surge o anseio em conhecer a si mesmo, o primeiro passo a ser dado é para dentro. Nenhum aspecto periférico a você pode ser você. Você está dentro, nesse não-lugar, vendo todos os acontecimentos que ocorrem fora. Você vê o seu nome, portanto não pode sê-lo… 

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