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o jardim das delícias: simplicidade, o espinho e a lâmpada.

Perca as esperanças e descomprometa-se da mentira. É legítimo não estar comprometido com o que não existe. Loucura é ter compromisso com o temporário, com o que não tem permanência. Observe e veja como é fácil equacionar isso. Não há nada errado em desrespeitar o irreal e buscar a realidade com coerência e respeito total.

O que é realidade? O que está no fundo de todas as coisas? O que anima tudo? Os seus pensamentos, emoções, a comida que você come? Não. O que corresponde totalmente às suas expectativas? O que está sempre presente e nunca o abandona? Quem é você por trás de todas as camadas?

Você deve acabar com a complexidade. Fique com o simples. Falo da simplicidade anterior à decisão de você ser isso ou aquilo. Assista comigo ao espetáculo: vejamos juntos aquilo que está antes de qualquer definição.

No “Jardim das Delícias”, a obviedade deve ser considerada. Por exemplo, a rosa tem espinhos e a brincadeira propõe que você saiba colher a rosa. Não adianta modificá-la geneticamente para remover os espinhos. Isso é tolice! Vai criar algum desacerto, pois sempre há um processo de equilíbrio. O negativo e o positivo coexistem. A lâmpada está acesa porque existe um conflito entre duas energias do mesmo tamanho. Se uma ficar maior que a outra, a lâmpada some.

A proposta da mente é remover um dos lados da equação, mas não funciona. Antes de qualquer coisa, Isso! Assuma essa clareza na sua vida com muita elegância.

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