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zen solitude

O Zen propõe perguntas que inquietam a fim de que você descubra a verdadeira quietude. E quietude não é o resultado de algum fazer, é um campo onde todos os ruídos ocorrem.

Desde uma perspectiva “findemundiana”: quantas vezes você tomou uma cachaça por causa da solidão, sem se dar conta da companhia, da presença da garrafa?

Solidão é a ausência do outro. Solitude é a ausência de si – a solitude destrói a noção do eu. Quando há você, há a sensação de separação. Com o nascimento do eu, existe o outro. Ao dar-se conta do mais profundo, você some e o outro, necessariamente, some.

Tudo pode ser uma boa companhia; até o fato dos seus ouvidos estarem ouvindo é motivo de celebração. Neste encontro, portanto, quero convidá-lo a um banho de solitude. Saiba: “quem é você?” e “o que é solitude?” são totalmente relacionadas.

A mente quer preencher, porque ela sabe que é vazia. Na solitude não há motivo para a alegria nem para a tristeza, porque nela não há “você” para estar alegre ou triste. A mente diz que você é um objeto. Mas você não é um objeto, você é onde todos os objetos ocorrem.

O convite desse encontro é ir-se, ir à solitude. Xô, você! O mundo acabou dia 21 de dezembro – o que você está fazendo aqui? É na ausência de si que existe a Presença.

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